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Mostrando postagens de agosto, 2016

"Exagerado" (1985), Cazuza

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Em novembro de 1985, chegava às lojas Exagerado , o primeiro álbum da carreira solo de Cazuza. Pouca gente imaginava que após uma apresentação retumbante do Barão Vermelho no primeiro “Rock in Rio”, em janeiro daquele ano, Cazuza fosse deixar a banda. Muito pelo contrário. O Barão vinha não só de uma apresentação brilhante no Rock in Rio como também de um álbum bem sucedido que era o Maior Abandonado ( 1984). A banda já estava ensaiando para entrar em estúdio para gravar um novo disco e que seria lançado ainda em 1985. Os integrantes do Barão haviam tentado implantar um processo de democratização criativa dentro da banda, onde todos teriam iguais poderes de decisão para compor, vetar ou não determinada música para entrar em algum álbum, descentralizando o poder de decisão muito concentrado em Cazuza e Frejat. Foi a partir daí que começou o processo de saída de Cazuza da banda que já tinha vontade de produzir um trabalho solo. Frejat apoiava a ideia,

"Revolver" (1966), The Beatles

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No último dia 05 de agosto, completaram-se 50 anos de lançamento do álbum Revolver , um dos meus álbuns preferidos dos Beatles. No Reino Unido foi lançado naquela data, nos Estados Unidos, no dia 08. O sétimo álbum dos “Fab Four” prosseguiu o experimentalismo iniciado pelo quarteto em Rubber Soul (1965). Revolver é inovador, ousado e mostra os Beatles mais maduros artisticamente, com uma visão musical ampliada e com capacidade de unir  num mesmo álbum a vanguarda e canções com apelo pop. A música erudita de vanguarda de John Cage e Karlheinz Stockhausen, a música indiana, o jazz e o pop negro da Motown foram referências para a concepção de Revolver . Os Beatles na foto da contracapa de Revolver O álbum traz inovações no campo das técnicas de gravação e manipulação sonora como os vocais em ADT (Artificial Double Tracking), técnica especialmente criada para os Beatles pelo engenheiro de gravação da EMI inglesa, Ken Townshend; microfones enfiados dentro de instr

Grandes álbuns, grandes histórias

Sempre fui da opinião de que o álbum é um formato importante para um cantor, uma cantora ou uma banda, independente do gênero musical que façam. O álbum permite que o ouvinte possa acompanhar a partir dele e dos álbuns seguintes, a evolução musical (ou não) de um artista. Existem grandes exemplos de artistas consagrados como Beatles, David Bowie, Caetano Veloso, Bob Dylan e Gilberto Gil que através de seus álbuns, nos permitem perceber os caminhos percorridos por eles, as transformações, os erros e acertos que cometeram.  As gerações mais novas que cresceram com a internet, baixam músicas às dezenas, porém sem ter a mínima ideia de que álbuns são aquelas músicas, o caminho que o artista percorreu para chegar àquele momento entre outras coisas. Às vezes, nem mesmo têm paciência de ouvir a música por inteiro, já passam para próxima faixa, um claro reflexo do tempo em que vivemos onde a ansiedade, a impaciência, a velocidade de consumir tudo rápido dão as cartas. Ouvem tudo como se es