Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2016

“Songs In The Key Of Life” (1976), Stevie Wonder

Imagem
Em meados dos anos 1970, Stevie Wonder vinha de uma sequência fantástica de grandes álbuns, provavelmente os melhores da sua carreira, todos eles sucesso de vendas e de crítica: Music of My Mind (1972), Talking Book (1972), Innervisions (1973), e Fulfillingness' First Finale (1974). O excelente desempenho desses trabalhos, os hits, a vendagem, o respeito por parte da crítica tornaram Stevie Wonder uma das grandes estrelas da música pop. Stevie Wonder Esses fatores pesaram, e muito, para que o “passe” de Wonder se tornasse bastante valorizado. Não foi à toa que seis meses antes de lançar o novo álbum (que já estava em processo de produção), ele renovou o contrato com a Motown que atingiu cifras “astronômicas” no valor de 13 milhões de dólares por sete álbuns, o maior contrato assinado por um artista com uma gravadora até então. A “facada” pode ter sido grande, mas era isso ou perderia sua grande estrela para a concorrência. O contrato milionário dava a Wond

“Nevermind” (1991), Nirvana

Imagem
No começo dos anos 1990, eu havia chegado à conclusão que o rock norte-americano havia acabado, estava “morto”. Tudo bem, havia o Guns n’ Roses que estava no topo e era uma das pouquíssimas coisas relevantes no mainstream roqueiro da terra do “Tio Sam” naquele momento. No mais, o que imperavam era as bandas de glam metal, também conhecidas como hair metal ou jocosamente chamadas de “metal farofa”. Eram bandas de heavy metal com forte apelo comercial em que a estética era tão ou mais importante que a música. Figurinos espalhafatosos, maquiagem, caras e bocas, cabeleiras armadas e muito marketing eram os “ingredientes” da receita do sucesso dessas bandas que vendiam milhões de discos e faziam a alegria das grandes gravadoras.  Bon Jovi, Motley Crüe, Poison eram algumas das bandas expoentes do tal glam metal. Mas eis que em 1991, surpreendentemente eu “queimei” a minha língua. As rádios começaram a ser invadidas por um rock diferente, com uma pegada meio punk, meio heavy metal,

“Blood Sugar Sex Magik”(1991), Red Hot Chili Peppers

Imagem
Até 1990, os Red Hot Chili Peppers eram tão somente uma banda californiana de rock com quatro álbuns no currículo formada por quatro integrantes malucos e desbocados. Haviam alcançado uma projeção razoável com o álbum Mother's Milk, que bateu a casa das 5 milhões de cópias vendidas, puxado pelo hit "Higher Ground", uma regravação de um antigo hit de Stevie Wonder. Apesar de toda a porra-louquice, os membros da banda não estavam nada satisfeita com a sua então gravadora, a EMI. Queixavam-se do patrulhamento, da pouca liberdade que tinham pra criar e produzir. Daí que no momento da renovação de contrato, decidiram cair fora e procurar uma nova gravadora. Chegaram a conversar com Virgin, a Sony Music, a Geffen, mas acabaram acertando com a Warner Music. A nova gravadora não só deu à banda a tão sonhada liberdade de criação, como também um bom tempo para compor e produzir, além de um orçamento bem "gordo" para custear a produção do novo álbum, mui

“Mais”(1991), Marisa Monte

Imagem
Parece até que foi ontem que Marisa Monte lançou o seu segundo álbum, Mais , no começo de 1991. Me lembro do estouro de Marisa Monte lá por volta de 1988/89, ainda bem novinha, com uns 22 aninhos, apadrinhada por Nelson Motta e apoiada por toda uma forte campanha promocional. Fez um enorme sucesso com o primeiro disco, o MM, gravado ao vivo durante um programa especial para TV Manchete, só com regravações onde ela se revelava uma grande intérprete e era tida como uma nova diva da MPB. A imagem dela, o figurino, a maneira de cantar deixavam claro o ar de diva. O marketing trabalhou bem, e deu certo. Mas o talento facilitou tudo. O disco foi um imenso sucesso de público e de crítica, batendo a marca de 700 mil cópias vendidas. Mas a prova de fogo mesmo foi o segundo álbum. Mais confirmou que não só ela não era uma mera "sensação do momento" como também uma compositora talentosa e madura, apesar de jovem. Das 12 faixas, cinco são de autoria dela, algumas compostas em

“A Night At The Opera”(1975), Queen

Imagem
A Night At The Opera , quarto álbum de estúdio do Queen, é um retrato do que era o rock na primeira metade dos anos 1970: ousado e ambicioso. Assim como as outras grandes bandas de rock que procuravam se esmerar na produção de discos e execução de músicas em arranjos mais complexos, o Queen não fugia à regra. A banda inglesa vinha numa crescente, fazendo sucesso na terra natal, a Inglaterra, enquanto que nos Estados Unidos, o seu prestígio era bem mais modesto. A coisa melhorou um pouco pro Queen no mercado norte-americano com o terceiro álbum,  Sheer Heart Attack, de 1974, disco que mostrou que o grupo não era apenas uma competente banda de hard rock como nos álbuns anteriores, mas que podia explorar sonoridades mais arrojadas. Porém, ainda não foi o seu disco consagrador. Teve apenas o papel de preparar terreno para o trabalho seguinte que foi A Night At The Opera, o quarto da carreira e considerado a obra-prima do Queen. Queen em 1975 quando lançou  A Night At The

"Sessão da Tarde"(1985), Léo Jaime

Imagem
Oriundo do João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, Léo Jaime levou pra carreira solo o humor juvenil e a influência dos primórdios do rock’n’roll da sua antiga banda. Mostrou a irreverência sacana herdada dos Miquinhos já de cara no título do seu álbum de estreia, Phodas C, de 1983.  O ano seguinte foi de ascensão para Léo Jaime, com as faixas de Phodas C estourando no rádio como “É, Eu Sei” e o cover “Sônia”, versão em português de “Sunny”, antigo sucesso de Bobby Herb e que já foi regravada várias vezes e por gente como Cher, Boney M, José Feliciano entre outros. Em 1985, Léo trilhou o caminho cinematográfico paralelo ao da música, atuando em dois filmes. Um foi o “Rock Estrela”, de Lael Rodrigues, cuja música título virou hit radiofônico gravado pelo próprio Léo Jaime. O outro filme foi “As Sete Vampiras”, de Ivan Cardoso. Naquele mesmo ano de 1985, Léo lançou o seu segundo álbum, Sessão da Tarde, disco que ajudou a alavancar a sua carreira solo, transformando-o nu