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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

“Transpiração Contínua Prolongada” (Virgin, 1997), Charlie Brown Jr.

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O skate rock já estava presente no Brasil desde a década de 1980 e encontrou abrigo entre as bandas punks da época como a paulista Grinders e Lobotomia. Porém, nenhuma delas alcançou um nível de popularidade tão elevado quanto a Charlie Brown Jr. Através da banda santista, a cultura do skate rock saiu do underground e ganhou as massas, conquistou uma visibilidade que nunca havia tido. E isso se deve muito a Chorão (1970-2013), skatista, vocalista, fundador e criador do conceito do Charlie Brown Jr. Antes de sonhar em ser um astro do rock, Chorão atuava como skatista a partir dos 15 anos de idade. Participou de torneios nacionais, mas nada que pudesse ganhar a vida como skatista. A barra pesou lá pelos 20 anos de idade quando sua namorada engravidou. Teve que trabalhar duro pra sustentar mulher e filho. Chegou até a trabalhar como corretor de imóveis, experiência aliás, desastrosa. Mas a convivência conjugal foi de mal a pior e não durou muito, logo se separaram. A entrada

“Is This It” (RCA, 2001), The Strokes

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Ano 2000, o século XX chega à sua reta final. O grunge havia virado “pó” com a morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana, em 1994, o Pearl Jam e os Foo Fighters (banda do ex-Nirvana, Dave Grohl), tocam à diante o legado do movimento. A Grã-Bretanha continua irradiando o britpop que se mantém dando as cartas no mainstream do rock mundial capitaneado por Oasis e Blur, bandas que fomentavam uma das maiores rivalidades da história do rock. Numa outra frente, o Radiohead se consagrava a cada disco como uma das mais influentes bandas do rock contemporâneo através do experimentalismo eletrônico e hermético. A internet já era uma realidade, e através dela, surgia o Napster, um recurso que criou uma nova realidade para o público consumir música em larga escala e sem pagar nada, um verdadeiro pesado que tirou o sono e provocou reações judiciais por parte de alguns astros consagrados como a banda Metallica. Enquanto isso, dentro desse cenário, um quinteto formado por garotos na faixa dos 22

Novo endereço do blog

O blog mudará de endereço dentro dentro de instantes para https://discosessenciais.blogspot.com.br/

Ultrapassando as 1000 visualizações

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Mais de 1000 visualizações em seis meses de existência do blog. 

O BLOG MUDOU DE NOME

ATENÇÃO: o blog mudou de nome, e agora passa a se chamar Discos Essenciais. Um nome mais curto e mais direto à proposta do blog. O endereço do blog ainda é o antigo, mas mudará também.

“Sobre Todas As Forças”(Epic, 1994), Cidade Negra

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O reggae aportou em terras brasileiras nos anos 1970 e foi muito bem assimilado. Vários artistas da MPB, do rock e do pop como Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso, A Cor do Som, Baby Consuelo e até mesmo Chico Buarque, gravaram músicas inspiradas no ritmo jamaicano. Porém, o reggae brasileiro, até os anos 1990, ainda não tinha revelado um grande astro totalmente seu. As bandas e cantores genuinamente do reggae nacional, ainda estavam relegados ao “gueto” da cena musical brasileira. Os artistas de outros gêneros emplacavam um hit de reggae, mas um “regueiro” propriamente dito, não conseguia. Irônico não? A coisa só mudou em 1990, quando em meio à ressaca da “geração 80” do rock brasileiro, a ascensão sertaneja e o modismo da lambada, a banda carioca Cidade Negra lançava o seu primeiro álbum, o Lute Para Viver . Pela primeira vez, uma banda de reggae brasileira ganhava popularidade no mainstream do pop nacional, tocando no rádio e na TV. O álbum de estreia do Cidade Negra foi pux

“Rumours”(Warner, 1977), Fleetwood Mac

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Até chegar à consagração com o multiplatinado álbum Rumours , o Fleetwood Mac passou por uma verdadeira montanha russa de emoções. Pra começar, no seu início de carreira, o Fleetwood Mac era completamente diferente do que se tornou quando conquistou a fama mundial com Rumours , seja no estilo musical ou na formação do grupo. Surgiu como uma banda de blues em Londres, em 1967, e tinha no guitarrista e vocalista Peter Green a principal figura, além do também guitarrista Jeremy Spencer, do baixista John McVie e do baterista Mick Fleetwood. Apesar de não ter fama e vender poucos discos nos primeiros anos, o Fleetwood Mac era bem quisto no circuito londrino de blues e tinha uma modesta e fiel legião de fãs. Porém, o consumo desenfreado de LSD e os problemas com esquizofrenia fazem Peter Green deixara a banda em 1969. Nessa época, entra a tecladista Christine Perfect que havia se casado com John McVie e passou a se chamar Christine McVie.  Fleetwood Mac em 1969. De pé, esquerda par

“Surrealistic Pillow” (RCA Victor, 1967), Jefferson Airplane

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Em meados da década de 1960, o clima juvenil e inocente da turma da praia fomentado pela surf music dos Beach Boys, Jan & Dean entre outros cedia lugar à explosão do movimento hippie na Califórnia. A cidade de San Francisco havia se tornado a “meca” da contracultura, e jovens cabeludos de várias partes do mundo se dirigiam para lá em busca de novas experiências, curtir um “barato total”, expandir a consciência através de drogas, o amor livre, protestar contra a guerra do Vietnã e as convenções conservadoras. Era o “flower power” estabelecendo uma nova ordem e que iria influenciar não só o comportamento dos jovens como também a música pop. Sob essa nova realidade, uma nova e rica cena musical californiana se firmava, e novas bandas em Los Angeles e San Francisco surgiam às pencas, embaladas pela sonoridade psicodélica, muito ácido na cabeça e contestação como Grateful Dead, Big Brother & The Holding Company, The Doors, The Mamas & The Papas, Canned Heat, Country Joe &am