Postagens

Mostrando postagens de 2018

“Cabeça Dinossauro” (Warner, 1986), Titãs

Imagem
A vida dos Titãs não estava nada fácil entre o final de 1985 e começo de 1986. O octeto paulistano vivenciava o momento mais difícil da sua carreira. Alguns fatores contribuíram para que os Titãs passassem por aquela situação tão complicada. Para começar, o segundo álbum dos Titãs, Televisão , lançado em junho de 1985, apesar da razoável recepção da crítica e de ter duas faixas com boa execução em rádio como a faixa-título e “Incessível”, não ia bem nas vendas. Televisão havia alcançado a marca das modestíssimas 25 mil cópias. O primeiro e autointitulado álbum da banda, lançado um ano antes, também teve vendagens baixíssimas, ainda que a faixa “Sonífera Ilha” tivesse feito sucesso no rádio e na TV. Enquanto os Titãs amargavam vendas baixíssimas, seus colegas de gravadora e conterrâneos do Ultraje A Rigor haviam conquistado a glória do rock brasileiro com Nós Vamos Invadir Sua Praia , álbum de estreia lançado em 1985 e que emplacou nove das suas onze as faixas e vendeu mai

“Secos & Molhados” (Continental, 1973), Secos & Molhados

Imagem
Por Sidney Falcão Início dos anos 1970. O Brasil estava sob o jugo da ditadura militar que havia se instalado no poder desde 1964, ao derrubar o presidente João Goulart (1918-1976) e ter adotado a censura e a repressão. Em meio a um momento tão triste e sombrio em que o Brasil vivia, um conjunto musical surgia de maneira meteórica trazendo cores e alegria naquele momento tão cinzento: os Secos & Molhados. Além da alegria e da boa música, o grupo trazia também a transgressão e a androginia. Numa época em que o Brasil vivia sob total repressão da ditadura militar, o grupo causou um verdadeiro impacto com seus integrantes completamente maquiados, dançando e rebolando no palco, tendo à frente um vocalista atuando de peito nu e cantando com uma voz aguda. Com um repertório que misturava folk rock, rock progressivo, pop, MPB e letras com forte carga poética, os Secos & Molhados tiveram uma ascensão meteórica fantástica, jamais vista na música brasileira até então. Conquisto